07 março 2009

 


A Escolha

Uma etapa muito importante para um usuário de Linux é a escolha de sua distribuição. Ao contrário do Windows, cujas poucas versões, em função de seus preços, diferem apenas na quantidade de recursos (quem paga mais recebe mais), o Linux está disponível a qualquer pessoa numa quantidade enorme de distribuições. Essa grande diversidade atende às mais variadas necessidades dos usuários e contempla de programas militares (já ouvi dizer que o Pentágono utiliza Linux) a aplicativos lúdicos e educativos para crianças ainda na primeira infância.

Para um usuário comum que pretende ter um computador que seja uma ferramenta de trabalho e lazer (e que não seja um fim em si), distribuições robustas, seguras e estáveis, que tenham suporte de um mantenedor confiável e que disponibilizem grandes quantidades de recursos por meio de uma interface gráfica bem organizada, fácil e amigável, são as mais recomendadas. Mesmo que sejam selecionadas apenas distribuições com essas características, o usuário terá muitas opções.

As escolhas se diversificam (e também se tornam mais organizadas) quando o usuário encontra as várias opções de formato de pacote e de ambiente gráfico, entre outras. Organizando as opções e definindo as necessidades e os desejos, é possível refinar a gama de distribuições e alcançar uma lista mais reduzida que possa ser experimentada.

Freqüentemente o usuário iniciante não sabe qual formato de pacote (DEB ou RPM?) e qual ambiente gráfico (GNOME, KDE ou Xfce?) ele deve utilizar. Para se decidir, ele deve conhecer melhor as opções, examinar as particularidades de cada distribuição, consultar a comunidade para colher as impressões e avaliações de outros usuários, e então experimentar. No atual estágio do mundo Linux, se a pesquisa for minimamente bem feita, as opções que o usuário alcançar já estarão próximas do seu gosto e das suas necessidades, e ele então terá grande probabilidade de se apaixonar pela 1ª ou 2ª distribuição que provar.

Não podemos esquecer que, nessas escolhas, a questão do gosto pessoal freqüentemente é decisiva. E é preciso ressaltar que, a qualquer momento, o usuário pode mudar de distribuição, reinstalado um novo Linux no seu computador. Em várias distribuições, a instalação é simples e fácil (freqüentemente mais tranqüila do que a instalação do Windows). Se o usuário deixar sua pasta pessoal numa partição separada do resto do sistema operacional, a instalação será ainda mais fácil.

Eu já instalei e testei algumas distribuições no meu computador, atualmente estou utilizando o Ubuntu 8.10, e, pelas experiências que tive, sou mais simpático ao Ubuntu (DEB e GNOME), que, para mim, consegue juntar a simplicidade de suas primeiras versões com uma crescente diversidade de usos e configurações personalizadas. E, mesmo o assim, estou constantemente personalizando o meu Ubuntu, para que ele fique cada vez mais do que jeito que eu quero.

Por fim, para não ser injusto e discriminador, apenas ressalto que os formatos de pacotes não se limitam a DEB e RPM, da mesma forma que os ambientes gráficos não se limitam a GNOME, KDE e Xfce. Esses são apenas os mais utilizados, mas certamente não são os únicos.

Uma ferramenta bastante preliminar, mas possivelmente útil, para os usuários que pretendem selecionar uma distribuição é o Linux Distribution Chooser: um questionário que, após ser respondido, fornecerá uma lista das distribuições mais adequadas ao usuário, com os respectivos graus de adequação. O questionário poderia ser mais completo e profundo, mas, para uma primeira ferramenta de auxílio à escolha, já é um bom início.

 

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